domingo, 30 de novembro de 2008

Na expectativa do Salvador


1º DOMINGO DO ADVENTOANO B – Mc 13,33-37
Estamos iniciando, com o Advento, o Ano Litúrgico de 2009. O Advento é tempo de preparação para o Natal, para a vinda do Salvador, o Filho de Deus feito Homem. Advento é uma alegria antecipada pela vinda de Jesus. É preciso estar vigilante! É preciso preparar a chegada! É preciso ir ao encontro do Menino Deus! Jesus traz Deus ao homem e leva o homem a Deus.
Estai alerta! Vigiai! A Igreja nos convida, neste Advento, a uma profunda reflexão sobre as verdades básicas da vida humana. No fim dos tempos, ser-nos-á revelada a verdadeira face de Deus, quando seremos julgados na base dos dois grandes mandamentos: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos” (cf. Mt 22,37-39).
Estai alerta! Vigiai!” Por três vezes exorta Jesus a seus discípulos e também a nós, hoje, a estarmos alertas e a vigiar, “pois não sabemos quando será o momento...” (v. 33). Chegará o dia em que teremos nosso encontro definitivo com Deus, que será, para cada um de nós, o fim dos tempos e o começo da eternidade, o momento de prestar contas de tudo a Deus.
A preocupação de Jesus não é fazer revelações sobre o futuro, mas educar a comunidade para uma vida cristã.
A parábola do porteiro, a quem foi ordenado estar sempre alerta e vigilante (v. 34), traz uma mensagem bem atual, pois a função do porteiro é estar sempre vigilante. Não deixar o posto sem ter um substituto, estar atento a quem entra e a quem sai, estar alerta para não entrar algum assaltante, protegendo, assim, todos os moradores e interessados.
Vigiai! O mundo moderno em que vivemos ajuda muito pouco a exercer a vigilância da fé. Torna-se importante sacudir os cristãos! A indiferença é sinal de preguiça e acomodação! O relaxamento moral, a desagregação da família, a infância abandonada, a delinqüência juvenil, a deslealdade entre as pessoas, as drogas, o mau uso do sexo, os assaltos, os seqüestros, as guerras significam ausência de Deus.
“Estai alerta! Vigiai!” Vivemos num mundo dilacerado pela luta entre o bem e o mal. Quantos ignoram os sinais da presença de Cristo no hoje de suas vidas, preferindo as falsas garantias de uma mídia tendenciosa, maliciosa e de costas para Deus às exigências do encontro com o Deus vivo. Esquecem que tudo passa!
* Diz Jesus: “Passará o céu e a terra. Minhas palavras, porém, jamais passarão. E o que vos digo, digo a todos, vigiai!” (v. 31 e 37).
* * *
Qual a minha atitude ante o apelo de Jesus de vigiar? De que modo expresso minha vigilância na preparação do Natal na família e na comunidade? Que gestos concretos de fraternidade farei neste Advento para que o Menino Deus venha até nós? Cresce em mim a responsabilidade da implantação do Reino de Deus entre nós? Creio que vigiar é uma atitude de quem ama?
Por: Frei Floriano Surian, ofm

sábado, 29 de novembro de 2008

Perseguições e Sofrimentos


Mas, antes de acontecer tudo isso, vocês serão presos e perseguidos. Vocês serão entregues para serem julgados nas sinagogas e depois serão jogados na cadeia. Por serem meus seguidores, vocês serão levados aos reis e aos governadores para serem julgados. E isso dará oportunidade a vocês para anunciarem o evangelho. Resolvam desde já que não vão ficar preocupados, antes da hora, com o que dirão para se defender. Porque eu lhes darei palavras e sabedoria que os seus inimigos não poderão resistir, nem negar. Vocês serão entregues às autoridades pelos seus próprios pais, irmãos, parentes e amigos, e alguns de vocês serão mortos. Todos odiarão vocês por serem meus seguidores. Mas nem um fio de cabelo de vocês será perdido. Fiquem firmes, pois assim vocês serão salvos. (Lc 21, 12-19)

O sofrimento do discípulo

A perseguição e o sofrimento do discípulo são tidos por Jesus como sinais premonitórios do fim. O testemunho de seu nome atrairia de tal forma a ira dos inimigos que estes lançariam mão de toda sorte de maldade contra os seguidores do Mestre. Sofrimento, perseguição, prisões, acusações na sinagoga, morte e ódio era o que lhes aguardava. Até mesmo, a perseguição por parte dos próprios familiares. Tudo isso por causa da fidelidade ao Mestre Jesus. Era preciso, pois, avivar neles a chama da perseverança. Tarefa desafiadora! Não obstante isso, nos momentos mais difíceis os discípulos receberiam a ajuda divina, de forma que não precisariam preparar a própria defesa. Receberiam, também, uma sabedoria tão sublime, capaz de levá-los a convencer seus adversários. Além da perseverança, os discípulos necessitarão de uma grande fé em Deus. "Nem um só cabelo cairá de vossa cabeça" - garante Jesus ao grupo de discípulos, facilmente contamináveis pelo medo. A luta, afinal de contas, é do Mestre. Os discípulos são unicamente seus mediadores. O Pai os protege, preservando-os do mal, porque é o Senhor. Ninguém como Deus tem nas mãos a vida dos discípulos, e, por conseguinte, tem o poder de livrá-los do mal.

Oração

Espírito que me livra do mal, não permitas que eu sucumba às forças do egoísmo e do mal, mesmo tendo de suportar sofrimentos e perseguições.
Amém!

A Caridade Perfeita


Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou como o címbalo que retine.

Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada.

Ainda que distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!

A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante.

Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

A caridade jamais acabará. As profecias desaparecerão, o dom das línguas cessará, o dom da ciência findará.

A nossa ciência é parcial, a nossa profecia é imperfeita.

Quando chegar o que é perfeito, o imperfeito desaparecerá.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Desde que me tornei homem, eliminei as coisas de criança.

Hoje vemos como por um espelho, confusamente; mas então veremos face a face. Hoje conheço em parte; mas então conhecerei totalmente, como eu sou conhecido.

Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade.

(1Cor13)

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

As ovelhinhas desgarradas (Reiterando...)


“Que vos parece? Se um homem possui cem ovelhas e uma delas se extravia, não deixa ele as noventa e nove nos montes e vai à procura da extraviada?”( Mt 18, )Sinto meu coração em chagas ao ver pessoas que foram criadas praticamente dentro da Igreja, hoje tão afastadas do ideal Evangélico.Penso no que poderia ter levado essas pessoas a se afastarem do que, a olhos vistos por todos que as conhecem, aparentavam ser tão felizes e agora, tão longe do nosso Rei, de nossa Rainha...de nossos Anjos e Santos intercessores e protetores, entregaram-se às vicissitudes do mundo.Penso também na imensa dor que Jesus sente ao ver seus filhinhos tão longe de seus braços, de sua casa, de não comungarem e honrarem seu Santíssimo Sacramento. Ou se o fazem, assim fazem sem a devida honra, respeito e tudo o mais que merece quem nos dá a graça. Sei que nenhum de nós é digno e não comungamos porque assim o somos, mas porque precisamos. E se tomamos a decisão de fazê-lo, ao menos façamos com toda honra e reverência que a Ele devemos.Tenho observado que existem “católicos festeiros”, ou seja, aqueles que se dizem católicos, mas que só aparecem na Igreja em dias de festas para servir. Então procuram um sacerdote para se confessar, depois se dirigem ao altar para receber a Eucaristia, servem em alguma atividade da Igreja e se sentem orgulhosos e exaltados por isso. Terminou a festa, somem da Igreja e “servem ao mundo”. Após isso, é só esperar nova festa cristã para começar o mesmo ritual: confessar-se, comungar, servir e “sumir”.“Por isso, quem comer do pão ou beber do cálice do Senhor indignamente se tornará culpado para com o corpo e o sangue do Senhor. Examine-se cada um a si mesmo, antes de comer deste pão e beber deste cálice; pois quem come e bebe sem discernir o corpo come e bebe a própria condenação.”(1Cor11, 27-29)Se forem pessoas que nunca tiveram um contato verdadeiro e direto com a Igreja, a cobrança seria menor por parte do Senhor. Mas pessoas que conheceram o seu Amor e o trocaram pelo “amor do mundo”! A estes, muito mais lhes será cobrado pelo que recebeu. Sei que as artimanhas do Encardido são grandes, porém, incomparáveis ao Amor e o Poder de Deus.“ Pois a todo homem que tem será dado, e estará na superabundância; mas àquele que não tem, mesmo o que tem lhe será tirado.” (Mt 25, 29)O que existe no mundo de tão atrativo, a ponto das pessoas que conheceram a Palavra, trocaram-na pelo que é falso e passageiro?Muitos falam em recuperar o tempo perdido. Perder tempo é acolher o pecado, desprezando a Palavra e denegrindo seus mandamentos.O que o mundo oferece e nos afasta do ideal evangélico é enganador, pois vem disfarçado de algo que é bom. Mas não se iludam. Tudo isso passa.O prazer e a alegria que um cristão busca está num Reino que jamais terá fim. Onde não há lágrimas, nem dor, nem tribulação, muito menos falsos prazeres, falsas alegrias, falsos sentimentos. A verdadeira felicidade está onde mora o Amor, que é Deus e esta não terá fim.O que fazer para reconduzir essas ovelhinhas desgarradas ao rebanho do Senhor, quando nossas forças parecem esgotadas, sem terem alcançado resultado favorável?Penso eu: jejum, oração e joelho no chão, pois a oração tem poder. E o poder é maior ainda quando essas pessoas são muito queridas por nós. “Nada é impossível para quem crê”. Assim fala o Senhor. Oremos todos por essas pessoas, por suas vidas, suas vocações, seus problemas e os entregamos aos desígnios de Deus e à ação do Espírito Santo. E se o Espírito de Deus nos disser que ainda há o que fazer, recomecemos, porque até agora nada fizemos.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

27 Novembro - Nossa Senhora das Graças


Esta é a curiosa história de Catarina de Labouré, cujo nome era Zoé e Catarina, seu nome como religiosa. Foi certa vez visitar as filhas de São Vicente e encontra no parlatório o retrato do Padre que vira uma vez em sonhos a chamá-la; e era justamente o seu fundador, Vicente de Paulo. No ano de 1830, nas vésperas da festa de São Vicente de Paulo, a jovem Noviça, por volta de onze e meia da noite, ouve três vezes o seu nome. "Catarina! Catarina! Catarina!..." Catarina assustada, senta-se no leito, e diz: "Estou te conhecendo, és meu Anjo da Guarda!" E o menino lhe diz o seguinte: "Vem a Capela, que Nossa Senhora te espera!" Catarina, teve um momento de hesitação... e disse: "Não posso, vou acordar todo mundo!" Porém o menino a tranquilizou... "Não tenhas medo, todos estão dormindo, vem, eu te acompanho, Catarina!" Então respondeu: "Está bem, vamos." Após terem atravessado os corredores, onde luzes se acendiam e as portas se abriam sozinhas, chegam à Capela, onde derrepente, já pela meia noite, o menino exclama. "Olha Nossa Senhora!" No mesmo instante, Catarina escuta, do lado da epístola, um ligeiro ruído como que roçagar de um vestido de seda e uma Dama muito bela, senta-se defronte do altar.
Catarina se ajoelha, apoia-se em seu regaço, a Dama afaga-se e fala: "Catarina, em qualquer sofrimento, venha falar ao meu coração. Receberás tudo o que precisamos. Filha, confio-te uma missão, não tenhas medo; conta tudo ao Padre encarregado, de guiar-te. Desgraças desabarão sobre a França, o trono será derrubado, Catástrofes abalarão o mundo; Eu estarei contigo. Deus e São Vicente, protegerão as duas comunidades: a dos Padres e as Irmãs de São Vicente." E foi assim que tudo aconteceu. Catarina não soube dizer por quanto tempo ficou junto Dela, que desapareceu como uma sombra. No dia 27 de novembro de 1830, às 5 horas da tarde, a comunidade rezava na Capela. Nossa Senhora manifestou-se novamente a Catarina. Apareceu à direita, justamente no lugar onde se encontra hoje, o altar chamado da Virgem do Globo, onde existe uma imagem de mármore, tentando reproduzir o que a Noviça viu. O Globo que vês, representa o mundo inteiro. Em seguida, seus dedos encheram-se de anéis de pedras cintilantes que a inundavam de luz
E as mãos da Senhora, carregadas das graças sugeridas pelos raios, abaixaram-se e estenderam-se como se vê na medalha, e a vidente ouviu. "Este raios, são símbolos das graças que eu derramo sobre aqueles que as suplicam. Fazei cunhar uma medalha com minha figura de um lado, e do outro, o M do meu nome, encimado por uma cruz, tendo embaixo dois corações, um coroado de espinhos e o outro, atravessado por uma lança. Todos que a usarem com fé, receberão grandes graças. Catarina, foi ao Padre Aladel, seu confessor, e contou-lhe tudo... "Padre, Nossa Senhora me apareceu... Padre, precisavas ver que lindas as graças contidas em suas mãos. Porém, padre Aladel custou a convencer-se de tal visão, e disse: "Minha filha, calma, sejamos prudentes. Por enquanto, guardaremos segredo." Depois de algum tempo, Padre Aladel foi procurar o Arcebispo de Paris e contou-lhe tudo. O Arcebipo disse: "Deus o abençoe, Padre Aladel"
O Padre então contou: "Sr. Arcebispo, após a narração do ocorrido e mediante a tantas graças que vêm sendo derramadas em nossas comunidade, peço a Vossa Eminência a autorização para que sejam mandadas cunhar as medalhas conforme vontade de Nossa Senhora". O Arcebispo, depois de ouvir o Padre atentamente, disse: "Mandaremos cunhá-las logo e trataremos de distribuí-las para que todos as usem. Vá em paz e que a Virgem o guarde. A comunidade, conhecendo a medalha e seus efeitos milagrosas, aos poucos foi difundido à devoção a Nossa Senhora das Graças, que se espalhou pelo mundo.

Nossa Senhora da Medalha Milagrosa é a mesma Nossa Senhora das Graças, por ter Santa Catarina Labouré ouvido, no princípio da visão, as palavras: "Estes raios são o símbolo das Graças que Maria Santíssima alcança para os homens."

Oração a Nossa Senhora das Graças

Ó Imaculada Virgem Mãe de Deus e nossa Mãe, ao contemplar-vos de braços abertos derramando graças sobre os que vo-las pedem, cheios de confiança na vossa poderosa intercessão, inúmeras vezes manifestada pela Medalha Milagrosa, embora reconhecendo a nossa indignidade por causa de nossas inúmeras culpas, acercamo-nos de vossos pés para vos expôr, durante esta oração, as nossas mais prementes necessidades (momento de silêncio e de pedir a graça desejada).

Concedei, pois, ó Virgem da Medalha Milagrosa, este favor que confiantes vos solicitamos, para maior Glória de Deus, engrandecimento do vosso nome, e o bem de nossas almas. E para melhor servirmos ao vosso Divino Filho, inspirai-nos profundo ódio ao pecado e dai-nos coragem de nos afirmar sempre como verdadeiros cristãos. Amém.

Rezar 3 Ave Marias. Depois: Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós.


domingo, 23 de novembro de 2008

Deus fala na hora que precisamos ouvir


Quando o Filho do homem vier na sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e El separará um dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: “Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo. Pois eu estava com fome, e vocês me deram de comer; eu estava com sede, e me deram de beber; eu era estrangeiro, e me receberam em sua casa; eu estava sem roupa, e me vestiram; eu estava doente, e cuidaram de mim; eu estava na prisão, e vocês foram me visitar.” Então os justos lhe perguntarão: “Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, com sede e te demos de beber? Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e ter vestimos? Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?” Então o Rei lhes responderá: “Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês fizeram isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizeram.”
Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: “ Afastem-se de mim, malditos. Vão para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. Porque eu estava com fome, e vocês não me deram de comer; eu estava com sede, e não me deram de beber; eu era estrangeiro, e vocês não me receberam em casa; eu estava sem roupa, e não me vestiram; eu estava doente e na prisão, e vocês não me foram visitar”. Também estes responderão: “Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou sem roupa, doente ou preso, e não te servimos?” Então o Rei responderá a esses: “ Eu garanto a vocês: todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizeram. Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna.” (MT 25, 31-46)

Não poderia deixar de proclamar a Palavra, hoje, Domingo, dia do Senhor. Este texto do Santo Evangelho veio como um suave perfume às minhas narinas e ao meu coração, pois é parte do que vivo no presente momento.
Percebemos que Jesus fala: “ todas as vezes que vocês não fizeram isso a um desses pequeninos,...” No final da Celebração Eucarística que participei ainda pouco, o Sacerdote fez este comentário ou esta pequena lembrança, sobre a frase acima transcrita. Falava que Jesus já condena a omissão. Portanto, a omissão em atitudes concretas em determinada situação, já é erro grave.
Estejamos atentos aos pequeninos, indefesos, necessitados, os que sofrem. Muitas vezes nem precisamos ir longe. Basta olhar para o lado e ver que um irmão precisa de um simples carinho, um afago, um abraço, um estar ao lado para ouvir, pois na hora da dor e do sofrimento, somos também pequeninos.
Que o Espírito Santo de Deus nos dê sabedoria, discernimento e purifique nossos corações, para que com olhos espirituais puros, sem a mancha do pecado, possamos ver com os olhos do coração e nos pôr a serviço, dos pequeninos, os quais Jesus se faz presente entre nós.

Momentos, Amigos...


Queria gritar para todo mundo ouvir o que sinto neste momento. Sou o que sou, sem máscaras, sem medo de proclamar a Palavra, sem medo de expor meus defeitos e pecados, também minhas qualidades, assim como qualquer um que vive na face da terra. Também sem medo algum de destroçar esse “bendito” nó que insiste em “quase” me sufocar. Porém, sou mais forte do que ele, pois sou do Senhor e quando sou fraca é porque sou forte, assim disse São Paulo Apóstolo. Alegre ou triste, com nó ou sem nó na vida ou na garganta, com pedras ou sem pedras no caminho, com amigos ou sem amigos, com família ou sem família, com teto ou sem teto, com grana ou sem grana, bem vestida ou maltrapilha..........nada disso importa. O que importa é que sou do Senhor e que Ele tem como templo e morada para sua habitação, eternamente, meu coração. Muitas vezes indigna serva sua, mas sigo meu caminho, segurando, abraçando e arrastando a minha cruz, esvaindo-me em sangue e dor, por vezes só, por vezes ajudada por um amigo, mas na certeza de que somente este sangue que jorra de minhas chagas e do meu coração, é o mesmo que me lava, purifica, restaura, cura e me dá uma vida nova.
Amigos? Quem são meus amigos? Tenho refletido muito sobre isso.
Jesus disse: “Quem são meus irmãos, minha mãe, meus amigos? São todos aqueles que fazem a vontade de Deus.”
Hoje vejo que são esses que estão ao meu lado, que me esperam, lutando contra o sono apenas para perguntar: Você está bem? Você está melhor? Não poderia dormir sem saber como estava! Ou quando acorre alguma eventualidade, enviam-me um torpedo apenas para dizer: estou bem, houve um imprevisto, mas não queria que ficasse preocupada com minha ausência.
É porque sabem que o amor e a amizade são recíprocos e quando sentimos dor, sentimos juntos, quando alcançamos uma vitória, celebramos juntos e por conta da Misericórdia Divina que nos une com seu infinito amor, dá-nos o dom de sentir, mesmo à distância e até sem comunicação, quando estamos bem ou não. Contudo, partilhamos nossas vidas, com orações, brincadeiras, ajuda mútua, mesmo que seja para ficar calado um ao lado do outro, porque sabemos e sentimos a necessidade do silêncio e compreendemos isso. Permanecemos calados e de longe, mas sempre apontando: “estou aqui!” Com um pedaço de pão e um copo d’água, aguardando a hora do desjejum amigo e com toda alegria, apostos como verdadeiros soldados. Porque um conhece a necessidade do outro. Porque aquele que se põe nas mãos do Senhor sabe a hora certa de se aproximar e de se afastar, à espera do chamado amigo.
“Mas o descaso, o “não tô nem aí”, ou o fingir que não estou vendo, ou o “ não vou me meter que isso não é da minha conta”...isso é ser qualquer coisa, menos amigo, porque sabemos que amigo unido pelas mãos do Senhor, ultrapassada todos esses sentimentos mesquinhos do mundo. Porque de Deus vêm o doar-se, o esvaziar-se, o despir-se, o vencer-se a si próprio, o se pôr à disposição do próximo.
Continuo minha caminhada, minha busca incessante pelo Amor que não é Amado, porque só nEle e através dEle, sei que encontrarei e aprenderei a maneira perfeita de Amar. Continuo procurando e perguntando : Quem são meus amigos? Alguns já encontrei e sei que posso contar nos dedos de minhas mãos e ainda sobram. Mas não desejo muitos. Poucos, porém, fiéis e eternos, como os que já tenho. E posso dizer que os amo, com o amor emanado do Coração Sagrado do Senhor Jesus.
E ao invés de gritar, irei louvar-te Senhor, pelos que me deram e que me são tão caros e raros. Cada um tem seu espaço reservado em meu coração, em minha vida e humano algum é capaz de tirar-me o que Tu me deste. Eu te louvo Senhor, porque nos momentos de cruz, pusestes tão preciosos anjos em minha vida. E fazei com que, eu saiba retribuir-te da mesma forma.
Amém!

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Nós só adoramos a Deus...Não os Santos


Todos devem estar lembrados daquela cena de alguns anos atrás, quando um pastor levado pelo destempero, deu um chute numa imagem de Nossa Senhora Aparecida. Aquele gesto não só foi ridículo, como foi providencial: até mesmo os que antes viviam acusando a Igreja Católica de adorar imagens e santos, acharam aquilo tão fora de propósito, que exigiram a expulsão daquele pastor e resolveram não atacar mais tanto a Igreja católica. Aliás, hoje as igrejas cristãs não católicas mudaram um pouco sua postura: preferem levar sua vida, organizar sua igreja, do que ficar atacando os outros. Pois bem, mas sempre sobra uma ou outra pessoa ignorante que volta à velha cantilena. Por isto é preciso afirmar, com toda força, que nós católicos sabemos que nossas imagens ou são de barro, ou de cerâmica, ou de madeira... mas são sempre simples imagens, ou seja, são menos do que uma fotografia... são simplesmente uma lembrança de pessoas que souberam amar a Deus e ao próximo. Só e nada mais do que isto. Portanto, nós não adoramos santos nem santas e muito menos suas imagens. A não ser que queiramos entender o “adorar” no sentido utilizado pelos namorados: “eu te adoro”, ou seja, eu gosto muito de você. Mas fora disto... santos e santas foram pessoas como nós, que comiam, dormiam, riam, choravam, tomavam banho, tinham que satisfazer certas necessidades básicas, como nós... enfim, tudo como nós. Só uma coisa os distinguia: sua intimidade com Deus, e através dela, o amor concreto ao próximo. Claro que eram homens e mulheres de oração; claro que também tinham pecados; claro que também tinham momentos de alegria e de tristeza... mas nunca perdiam o rumo, ou ao menos reecontravam o rumo de suas vidas. Eis pois, a importância dos santos e santas para a vida cristã: eles são exemplos, modelos, e uma espécie de fortificante para nossas vidas: diante das dificuldades de qualquer tipo, não desanimem não, pois já houve homens e mulheres que enfrentaram coisas parecidas e que hoje estão na glória com o Cristo Ressuscitado. E mais: não desanimem, pois eles e elas ficam torcendo por nós. Eles e elas estão como que numa arquibancada, assistindo nossos jogos.... ficam torcendo para que todos e cada um de nós sejamos vencedores.

(Pelo Prof. Dr. Frei Antônio Moser)

O Cortejo dos Sedentos


Solene, grandiosa e majestosa a paisagem do deserto. Extensões intermináveis de areia e de pedra, sem vida, sem água, sem verde. Os que atravessam as terras do deserto sentem a tortura da sede, a garganta a lhes queimar, a impressão de que a morte está próxima. Onde encontrar água. Há os caminhantes e viandantes que percorrem a trilha da vida com sede do Absoluto, com desejo de matar uma sede interna que não é saciada com a água do rochedo, nem com a água das cisternas, mas com a água da fonte que é Cristo, com a água do peito aberto do Senhor, água que jorra do mistério adorável de Cristo e sacia a sede de amor, de verdade, de partilha, de lisura que queima o mais íntimo dos que são retos de coração. O Coração do Redentor é fonte de vida.

(Por: Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM)

Oração da Restituição


Senhor Jesus, o único Santo,
abra nosso coração à plenitude de teu Amor
coloca-nos no caminho das Bem-Aventuranças,dá-nos a graça de restituirmos ao mundo uma Pessoa Humana Melhor!

Senhor Jesus, bom Mestre,
ensina-nos o caminho a seguir neste novo tempo
encha nosso coração de agradecimento por
todo o bem que tem feito
em nossa família, em nossas atividades e em nós mesmos,ensina-nos a fazer festa, encantados por teu amor e por tuas maravilhas.

Senhor Jesus, verdadeiro amigo,
dá-nos olhos penetrantes, para esquadrinhar a noite,dá-nos sabedoria que nasce de tua amizade, para saber discernir o que vem de ti,
dá-nos valentia para testemunhar diante da humanidade,
a beleza de seguir os valores do Evangelho.

Senhor Jesus, nosso Irmão,
vem em socorro da nossa fragilidade, para que não nos desanimemos nos momentos difíceis,dá-nos a simplicidade da pomba, para ir entre os povos, e a astúcia da serpente para não sermos subornados pelo mundo consumista e materialista.

Olha-nos com amor, também quando Te esquecemos.

Altíssimo, Onipotente e Bom Senhor,
Te damos graças porque nos pensou,criou e chamouà inspiração franciscana para iluminar as nossas práticas;
te bendizemos porque mantém vivo em nós o propósito de dar um acabamento melhor ao mundo, seguindo os exemplos de Francisco de Assis.
Te louvamos porque, como Francisco,nos tem dado a graça de te descobrir como verdadeiro tesouro de nossa vida. A Ti o louvor, a bênção e toda a honra.

Amém

(autor desconhecido)

domingo, 9 de novembro de 2008

Fidelidade e Igualdade entre irmãos


Por isso eu digo a vocês: usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno. Quem é fiel nas coisas pequenas também será nas grandes; e quem é desonesto nas coisas pequenas também será nas grandes. Pois, se vocês não forem honestos com as riquezas deste mundo, quem vai pôr vocês para tomar conta das riquezas verdadeiras? E, se não forem honestos com o que é dos outros, quem lhes dará o que é de vocês? - Um escravo não pode servir a dois donos ao mesmo tempo, pois vai rejeitar um e preferir o outro; ou será fiel a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e também servir ao dinheiro. Os fariseus ouviram isso e zombaram de Jesus porque amavam o dinheiro. Então Jesus disse a eles: - Para as pessoas vocês parecem bons, mas Deus conhece o coração de vocês. Pois aquilo que as pessoas acham que vale muito não vale nada para Deus.
(Lc 16,9-15)

As maiores riquezas que devemos cultivar e multiplicar são os valores eternos que buscamos no alto.
Como o nosso maior dom é a Vida e a Vida é proveniente do imenso Amor do Pai, infinitamente misericordioso, coloquemos nossas vidas e o amor que nos foi concedido à disposição de todos que nos cercam, através dos dons que nos foram concedidos para serem multiplicados.
Busquemos sempre olhar para o céu em toda nossa existência terrena, louvando, bendizendo, dando graças e rogando ao Senhor que insira em nossos corações tudo o que precisamos para realizar a sua vontade, que não está nos bens terrenos, mas pura e simplesmente nos bens celestiais. Estejamos sempre ao lado da justiça, dos pequeninos, dos que não se exaltam e se orgulham por coisa alguma, a não ser pela Santa Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo. Estejamos ao lado da verdade, dos desprezados, marginalizados, dos pobres e oprimidos e sempre olhando nos olhos de cada irmão horizontalmente e não verticalmente, olhando de cima. Somos todos iguais, portanto, procuremos tratar todo mundo igual, sem se prevalecer de coisa alguma, nem de status, posição social, cargos, ministérios, raça ou qualquer tipo de serviço, seja ele remunerado ou não. Pensemos sempre nos sentimentos dos outros. Busquemos sempre nos colocar no lugar dos outros e ver que ali bate um coração, que se alegra, sorri, mas que também sofre e chora. Não façamos com o próximo o que não gostaríamos que fizessem conosco.