quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Carinhosas Advertências

l%C3%A2mpada acesaMarcos 4,21-25

O êxito da vida cristã depende de muitos fatores. Sabemos que é o Senhor que dá o crescimento. De outro lado, nossa liberdade estará sempre sendo convidada a fazer escolhas diante do Senhor que vem caminhar conosco e levar à plenitude a obra que iniciou em cada um dos seus.


O cristão é feito para irradiar.   Ressoa sempre  em nossos ouvidos a advertência do sermão da montanha: somos luz do mundo e na medida em que iluminamos estradas,  pessoas podem também chegar ao sol. Marcos adverte: “Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote ou  debaixo da cama”.  A evangelização se opera de dois modos: pelo testemunho humilde que ilumina e pelas palavras que clareiam. Por vezes, nós cristãos, somos questionados a respeito da força de nossa fé. Será que não constituímos apenas um grupo de piedosos, sem muita luminosidade, com pouca expressão?  Será que o organizacional não tomou o lugar da lâmpada que precisa iluminar?  Precisamos de leigos casados que iluminem o mundo com uma vida familiar aberta e sólida,  cristã e missionária.  Precisamos de religiosos e religiosas que mergulhem sempre na contemplação e  empreguem seus membros e sua voz para amar os mais deserdados. De que adianta pertencer a este ou aquele grupo quando a lâmpada de nossa vida está debaixo da cama ou sua chama se tornou bruxuleante?


A vida cristã clama por coerência. Somos cristãos através de gestos exteriores. O que vivemos na verdade interior, se manifesta na verdade dos gestos. “Tudo o que está escondido deverá tornar-se manifesto, e tudo o que está em segredo deverá ser descoberto”.

Há vidas duplas, casados que não são fiéis, cristãos que incensam o dinheiro, o poder e assim mesmo entram no cortejo dos que se dizem seguidores de Cristo.  O cristão sem coerência vive, na realidade, drama terrível. Dizem que são, mas não são.


Conviver é sempre difícil.  Somos levados a ter posturas severas com alguns comportamentos de irmãos que não merecem aplausos.  Medimos os outros sem o tempero da misericórdia. A arte da convivência fraterna supõe pessoas que escolhem instrumento de medida a misericórdia. “ Com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos”.


A partir do momento em que Cristo vivo e ressuscitado nos fascinou entramos, ou deveríamos ter entrado, num generoso esquema de vida:  estar mais com ele, ser mais dos outros, nunca medir pelo mínimo. Aqueles que recebem e são generosos mais ainda receberão. “Ao que tem alguma coisa será dado ainda mais; do que não tem, será tirado mesmo o que ele tem”.

 

Os cristãos de verdade têm consciência de que precisam irradiar, compreender e viverem a generosidade.  Não se pode deixar de iluminar, de viver a coerência. Trata-se de uma decisão fundamental para que possamos experimentar a alegria do seguimento. Do contrário, viveremos a fé como um peso a ser arrastado com dificuldade.

Por: Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM

Fonte: Franciscanos.org.br

2 comentários:

NUMEROLOGIA E PROSPERIDADE disse...

Boa tarde.
Em priimeiro lugar gostaria de dizer que seu espaço é belíssimo. Comentando sobre o post, fiquei quase dois anos trabalhando numa rádio AM da Mitra, na cidade onde estou morando agora e sempre, antes do meu programa entrar, vinha uma mensagem desse Frei gravadas por ele. Realmente são muito lindas.
FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER... deseja um bom final de semana.
Beijo grande.

Pod papo - Pod música disse...

Temos que viver do que pregamos, carregamos conosco as marcas do nosso Mestre Jesus e o mundo precisa ver essas marcas na gente através do nosso comportamento, nosso testemunho. O brilho de Deus precisa brilhar em nós.

Beijos